o verdadeiro dono disto tudo
O Marketing de Conteúdo é a trave-mestra do Inbound Marketing. Já lá vamos a este. Por agora, deixe-nos continuar com esta metáfora ao nível da construção. Passamos a explicar: tal como uma trave-mestra, também o marketing de conteúdo é o elemento que suporta a maior parte das cargas de uma construção. Neste caso, a construção de uma marca.
Esta trave-mestra baseia-se na produção de conteúdo digital relevante para o público-alvo, sejam eles conteúdos profissionais, educacionais ou meros conteúdos de entretenimento.
E atenção que estes conteúdos, ao contrário do que muito boa gente anda para aí a dizer (e a fazer), não se devem centrar na marca nem nas vantagens ou desvantagens dos seus produtos. Pelo contrário. Estes conteúdos devem acertar bem no público-alvo e nos seus problemas, nas suas dores, nas suas dificuldades. Tocando-lhe na ferida, o público-alvo vai sentir ainda mais a ferida. Sentindo ainda mais a ferida, vai querer tratá-la. Querendo tratá-la, vai procurar uma solução. Procurando uma solução, encontra a sua marca. Afinal, a sua marca já lá estava. Foi ela que lá foi mexer.
Como fazer Marketing de Conteúdo?
Mas não basta tocar na ferida e apresentar logo um estojo de primeiros-socorros. Não é assim tão fácil. Também não precisa de tirar nenhum curso. No entanto, é preciso saber o que se faz e não andar para aí a fazer biscates.
É aqui que entra o Marketing de Conteúdo. Antes de mais, é importantíssimo planear correctamente e antecipadamente todos os conteúdos que precisa, organizar a sua equipa e definir objectivos para cada um dos seus conteúdos. Implementada a estratégia, o passo seguinte é a dedicação.
É preciso perceber como cada um dos formatos de conteúdo (redes sociais, email marketing, vídeos, podcasts, templates) funciona. É preciso saber onde os divulgar e como os divulgar de forma a chegar ao maior número de pessoas possível.
Estratégia de Marketing de Conteúdo
É preciso pensar na maneira de distribuir este conteúdo, é preciso pensar na maneira de aumentar a audiência e medir resultados.
Vamos, assim, dividir o marketing de conteúdo em seis etapas:
- estratégia e análise matemática de público alvo;
- planeamento;
- elaboração da persona;
- criação de conteúdo;
- distribuição;
- medição de resultados.
Estas etapas têm de estar presentes numa estratégia de marketing de conteúdo (ou, como dizem os estrangeiros e os hipsters, content marketing). Não as seguindo, será mais difícil atingir os objectivos propostos. E, para isso, é necessário cumprir 10 pontos-chave para ter um conteúdo de qualidade e, por consequência, um website optimizado:
- relevância e contexto: o google já analisa temas e contexto e não apenas keywords;
- volume de conteúdo: mais de 900 palavras por página (não precisa de contar, esta página tem 1278 palavras);
- imagens e vídeo: uma imagem tem de ter mínimo de 32px por 32px (como esta aqui em cima);
- gramática e ortografia: quase metade dos clientes abandonam um site com ortografia e gramática pobres, portanto, nada de escrever com os pés. Se sabe escrever bem, escreva bem; se não sabe, arranje alguém que saiba;
- legibilidade: o texto tem de ser lido e entendido facilmente. Ou seja, nada de advogados nem de redactores do Diário da República;
- formatação: 79% dos utilizadores apenas passam os olhos pelas páginas web, não ficando por lá muito tempo – seja cativante;
- expertise: é importante usar estudos de caso, situações reais e com dados, para que a informação tenha mais credibilidade e o Google a possa entender como tal;
- partilha nas redes sociais: acelera o tempo de indexação e mostra que há uma interacção importante entre os vários meios de comunicação;
- links internos e externos: essencial;
- qualidade dos comentários: elevado número de comentários é interpretado como conteúdo de qualidade. Mas atenção ao conteúdo dos comentários. Se a maior parte das pessoas for ao seu site destruir o seu artigo, então sai o tiro pela culatra.
Marketing de Conteúdo VS Inbound Marketing
Já sabemos que o Inbound Marketing é uma série de estratégias de marketing que têm como principal objectivo atrair e converter clientes usando conteúdo relevante. Mas nunca é demais saber. E também já sabemos que são várias as etapas para atingir o objectivo definido pelo Inbound Marketing:
- atrair
- converter
- relacionar
- vender
- analisar
O objetivo principal é fazer com que o seu público-alvo respeite a sua marca e a tenha como referência.
Marketing de Conteúdo VS Publicidade Paga
E voltamos ao clássico duelo entre marketing de conteúdo e publicidade paga: em qual se deve investir para alavancar o seu negócio na internet? O campo de batalha é o marketing digital.
Todas as marcas querem conquistar clientes e aumentar as suas receitas. Para isso, em primeiro lugar, têm de tornar o seu negócio conhecido. Uma das hipóteses em cima da mesa é a publicidade paga.
Quais são as vantagens da publicidade paga? Um bom anúncio consegue alcançar as pessoas certas e no melhor momento. As campanhas no Adwords ou no Facebook são excelentes opções para promover o seu negócio e a sua marca de uma forma direccionada, segmentada e mensurável.
Por outro lado, temos o marketing de conteúdo. Quais os seus benefícios? Pois bem, seguindo as práticas adequadas, é bem possível que aconteça o seguinte:
- criação de brand awareness: o reconhecimento da sua marca aumenta;
- criação de leads: o Marketing de Conteúdo consegue obter informações de possíveis clientes e qualificá-los;
- melhoramento do engajamento com a marca: mais interações e, consequentemente, mais empatia com o público;
- diminuição do custo por venda: se o custo para ter um cliente é elevado, então talvez não valha a pena;
- aumento de vendas: é possível guiar os leads por todo o processo de compra e prepará-los para a tomada de decisão.
A Importância de um Blog e da Produção de Conteúdos para uma Empresa
Num estudo realizado pela HubSpot a respeito da importância das empresas terem um Blog e produzirem conteúdos, chegou-se à seguinte conclusão:
- Uma empresa que tenha um Blog recebe 55% mais visitantes, 97% mais links orgânicos e indexa 434% mais páginas no Google;
- Cerca de 69% das empresas atribuem a geração de leads ao sucesso dos seus blogs;
- A Nielsen referiu que nos Estados Unidos os utilizadores de internet passam três vezes mais tempo em blogs e redes sociais do que a ler e-mails;
- O inbound marketing custa 62% menos por lead do que o outbound marketing.
SEO e Marketing de Conteúdo
Como é óbvio, não nos podemos esquecer do nosso velho amigo SEO (Search Engine Optimization). Não basta criar conteúdo relevante para o seu público. É preciso que o seu público veja esse conteúdo. E, posteriormente, haver a chamada gestão de conteúdo.
Assim, é importante usar algumas técnicas de SEO de forma a posicionar a sua página nesse vasto mundo que é a Internet:
- analisar as informações obtidas com as keywords;
- rastrear tráfego e links por conteúdo;
- criar relações com influenciadores no mundo digital, os chamados influencers;
- gerar uma estratégia de marca sólida e eficiente através de conteúdo com interesse;
- certificar que o site possui uma boa experiência para o utilizador e para os mecanismos de busca.
Mais do que pensar no perfil exacto do seu público-alvo, é importante pensar nos seus problemas e como ele os procura resolver. Estar lá, tocar na ferida e andar lá a escarafunchar. O futuro cliente vai sentir ainda mais a ferida. Sentindo ainda mais a ferida, vai querer tratá-la. Querendo tratá-la, vai procurar uma solução. Procurando uma solução, encontra a sua marca. Afinal, a sua marca já lá estava. Foi ela que lá foi mexer. E é esta a trave-mestra para a criação e sustentação da sua marca. Agradeça ao content marketing, o verdadeiro Dono Disto Tudo (sim, somos uns hipsters).
publicado na Bluesoft
um autêntico festival
Amigo leitor, como está? Antes de começarmos a nossa conversa, deixe-nos lançar-lhe um desafio: abra o Google e pesquise por “publicidade paga”. Muito bem, qual o primeiro site que lhe aparece? Exactamente. Agora, pesquise por “publicidade orgânica”. Qual o primeiro site que lhe aparece? Isso mesmo. Sabe por que é que isso acontece? Porque nós sabemos o que estamos a fazer. E porque dominamos a Internet, claro. Ou parte dela, vá. Só aquela que queremos.
Publicidade Online – tudo é Publicidade, tudo está online
Divulgação de uma marca, ideia, produto ou serviço através das ferramentas disponíveis na Internet. Muito resumidamente, é isto a publicidade online. Aprofundando um bocadinho mais a sua definição, podemos dizer que a publicidade online pode ser colocada em prática através das redes sociais, de sites próprios ou de e-mails. O essencial é garantir o investimento em publicidade na Internet, uma vez que esta é uma rede onde está, bem vistas as coisas, toda a gente.
Temos os banners, os links patrocinados, o e-mail marketing e muitas outras formas de chegar ao cliente. Não esquecer as nossas queridas keywords e técnicas de SEO (Search Engine Optimization).
Todos sabemos o que é publicidade online e o que é necessário para que ela nos ajude a atingir os nossos objectivos. Falámos de publicidade online no tal artigo para o qual o amigo leitor é encaminhado assim que pesquisa por publicidade paga e/ou publicidade orgânica. Publicidade digital, objectivos da publicidade, objectivos da marca, estratégias de marketing, está tudo lá.
O que é a Publicidade?
Mas vamos dar um passo atrás. O que é a publicidade? O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa diz que é um substantivo feminino; qualidade do que é público; vulgarização, divulgação; promoção de produto ou serviço através dos meios de comunicação social; mensagem que publicita esse produto ou serviço = anúncio.
Ora, o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa diz muita coisa, mas não diz tudo. E o que nós acabámos de fazer aqui foi publicidade orgânica (porque o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa não nos paga) ao Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Mas vamos ainda mais a fundo nisto da definição de publicidade.
Publicidade é dar a conhecer um produto incitando ao seu consumo. É a chamada arte de sedução. Por exemplo: se, hoje, noite de São Valentim, o amigo leitor está a ler este artigo, é porque fez uma má publicidade de si próprio ao seu alvo amoroso. Voltemos ao que nos trouxe cá – ou melhor, ao que o trouxe cá.
A publicidade envolve muito mais do que a compra de um produto. Publicidade também está presente nas nossas relações sociais e culturais. É por isso que os publicitários estão sempre atentos às tendências culturais e comportamentais da sociedade. Assim, a identificação com o consumidor é muito mais próxima.
Ou seja, a publicidade é um espelho da sociedade da sua época, uma vez que reproduz os comportamentos e os valores vigentes.
Publicidade Paga – A Conta vem no Fim
Não há cá almoços grátis. E, por almoços, dizemos publicidade. Bem, em rigor, a publicidade pode ser grátis per se (ui, uma expressão em latim só para marcar aquela posição), mas acaba por envolver sempre um investimento. Podemos falar de publicidade orgânica (não paga) mas, agora, vamos falar de publicidade paga.
A publicidade paga tem uma grande variedade de benefícios para as empresas, sendo que os mais comuns são os seguintes:
- Várias opções de publicidade direccionada que podem encaixar nos mais variados tipos de orçamentos;
- Aumento do reconhecimento da marca;
- Maior facilidade em atingir o seu público-alvo. Mas, como já falámos por diversas vezes, a publicidade paga tem os seus defeitos, entre os quais se destacam o alto custo, o tempo limitado e a concorrência elevada.
Em qualquer um dos casos, há que ter atenção a um tipo de publicidade que ainda afecta mais do que qualquer outra: a publicidade enganosa. Se o cliente se sentir enganado ou, pior, se tiver a certeza de que está a ser enganado, é o fim.
Fyre Festival – Os Piratas das Caraíbas
Foi o que aconteceu com o Fyre Festival, um festival de música que teria lugar em 2017, numa praia paradisíaca das Caraíbas.
Teria lugar porque, de facto, nunca chegou a acontecer. Se vai varrendo, como nós, todas as séries e documentários que aparecem na Netflix, então já deve ter visto ou, pelo menos, ouvido falar deste “Fyre: o Grande Evento que Nunca Aconteceu”. Em pouco mais de uma hora e meia, pode ver os bastidores do fracasso deste festival.
Muita coisa aconteceu para que tudo terminasse assim. Essencialmente uma que, neste caso, é a que mais nos importa abordar: a importância das redes sociais na sua divulgação e, também, na sua condenação.
Uma “experiência musical imersiva”. Era assim que o Fyre Festival se apresentava. Teria lugar em 2017, no cenário idílico das Caraíbas, com miúdas maravilhosas, homens carregadinhos de abdominais e comida, bebida e música até à eternidade.
Fyre Festival On Fyre
A estratégia dos organizadores – Billy McFarland e Ja Rule – era simples: seduzir os chamados influencers que navegam nos mares das redes sociais. Então, começaram por fazer uma festa na ilha com supermodelos e influenciadores. Bella Hadid, Alessandra Ambrósio, Hailey Baldwin, Emily Ratajkowski, Kendall Jenner, Elsa Hosk, Lais Ribeiro e muitas outras foram filmadas a correr pela praia, a mergulhar, a comer, a beber, a andar de jetski … Águas transparentes, areia branca, enfim, um autêntico paraíso. Tudo vivido por estas beldades. Tudo partilhado no Instagram. Tudo num vídeo promocional bem filmado, bem editado, bem tudo.
Em 48 horas, foram vendidos 95% dos bilhetes, que custavam uma batelada de dinheiro. De milhares a centenas de milhares de dólares, de acordo com o tipo de acomodação e outros miminhos.
Mas esses miminhos revelaram-se umas chibatadas. Assim que saíram do avião (comercial e não privativo, como anunciavam no vídeo de divulgação), depararam-se com o inferno: tendas inundadas, desorganização, falta de comida e de água, escuridão, som deplorável, malas perdidas… Até os artistas que deveriam subir a palco começaram a cancelar as suas presenças – Blink-182, Disclosure, Major Lazer, entre outros.
O festival vendeu nas redes sociais só as coisas maravilhosas e deixou de lado os problemas. Um clássico dos tempos modernos.
Fyre Festival – Internet, We have a problem
Et voilà, começou a demolição. Antes da festa, os organizadores foram expulsos da ilha e tiveram de encontrar outro lugar para fazer a festa. Seguiu-se a criação de um site para denunciar tudo o que estava a acontecer de errado com o evento. De um momento para o outro, o baralho de cartas ruiu.
Um festival que nasceu nas redes sociais acaba por morrer nas redes sociais. Outro clássico. Para o fazer nascer, supermodelos divulgaram o festival nas suas redes sociais. Para o matar, um puto com 400 seguidores colocou uma foto no Twitter com um pobrezinho pão com queijo – muito longe da comida prometida pela organização do Fyre Festival. A ironia dos novos tempos.
Muita gente perdeu muito dinheiro. McFarland, o empresário e mastermind de tudo isto, foi processado e preso. Os influencers também não se ficaram a rir, pois tiveram influência – lá está, com o próprio nome indica – na criação da ilusão deste festival.
Pode não ter sido um festival de música, mas foi um festival de trafulhice que nos deu duas lições que já deveríamos saber de cor:
- não devemos acreditar em tudo o que está na Internet;
- o poder da publicidade é assustador. Buh!
Calma lá, este artigo está na Internet – devemos acreditar nele? Tan taaannn…
publicado na Bluesoft
o meu avô
Foi embora o meu avô. Mas ficou.
Fica sempre quem, indo, existe ainda. Ele foi porque tinha de ir. E é no peito que ele me continua a existir. É mesmo no peito, fisicamente no peito. É lá que, pelo menos, pelo mais, me dói. É lá o aperto de já não o ter perto. É lá o soluço da respiração, o descompasso do coração, as costelas, os pulmões, os nervos, tudo comprimido. Ele não deveria ter ido. Não. Mas foi, e dói, e dói mais, tão mais, quando nos morrem aqueles que julgamos imortais. Quando eu nasci, o mundo que me apresentaram tinha o meu avô. Era assim que o mundo era e era assim – quem me dera – que deveria continuar a ser. Os imortais não deveriam morrer. Entregava-lhe, de volta, a cor dos olhos que me deixou, o sacana daquele sorriso, tudo o que fosse preciso só para ter, de volta, o meu avô. Mas ele não volta. Baralhou as cartas, distribuiu as peças do dominó e deu-me um calduço à socapa só para brincar e dizer, sem dizer, que tinha sido a minha avó. Jogou comigo às damas no sofá. Entrelaçou os dedos das mãos e encostou-lhes a nuca, como se fossem almofada. Perguntou pelo Benfica. Agora, nada. As memórias são tão reais como a carne.
Ele foi, mas ficou. Existe, ainda, o meu avô.