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Outubro, 2022
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a ditadura da ignorância

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Toda a gente que vota no Bolsonaro é apoiante do Bolsonaro. Nem toda a gente que vota no Lula é apoiante do Lula. Esta é uma eleição de um só candidato. O outro é só o pouco que se arranjou para impedir a ditadura da ignorância. Triste Brasil que deixa a alegria para o samba.

Imagem: Helder Oliveira

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isto não é um campo

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«Isto não é um campo.» O Presidente da União das Freguesias da minha terra olha para o Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes e diz que não é um campo. Ao dizer que não é um campo, o Presidente da União das Freguesias da minha terra está a dizer muito mais. Por detrás destas palavras, como por detrás do muro trancado a cadeado e vedado a tijolos, vejo outras palavras: desrespeito, desprezo, ingratidão. Vejo todas elas por toda a História do clube e da terra, por todas as pessoas que construíram o campo e por todas as pessoas que por lá passaram e que por lá fizeram e deram vida. Por detrás do muro das palavras «isto não é um campo», vejo uma lixeira mais suja do que aquela que o Presidente da União das Freguesias da minha terra deixou alastrar no Parque de Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes. Para ele, «isto não é um campo». Para mim, isto não é um presidente.

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libório, o barbeiro

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Depois de um agricultor, de uma operária fabril, de uma costureira e de uma agente funerária, chegou a vez de um barbeiro. Neste último vídeo da Rua Saramago, Jorge Libório lê e é «O Homem Duplicado».

Produção de Neide Simões, realização de Andreia Mateus e participação especial heavy metal de Fernando Ribeiro (Moonspell).

Município de Leiria | Leiria Cultura | Semlimites Produções | Dr. Barber

Vídeo aqui.

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santiago, para outro lugar

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Há duas velocidades nesta história, a do caminho e a do confronto. Demora até lá chegar. Quando lá chega, vai de repente para outro lugar. Mas, seja qual for a velocidade a que se caminha, há talento. Na ideia e na criação – a de quem não aparece e a de quem dá a cara, a voz e tudo o resto que um actor dá para que tudo pareça real. E para que nós caminhemos com ele. A Lúcia leva-nos pela mão durante este primeiro episódio. Aperta-a com força e não a larga (parece que aperta a mão do Ivo – que também nos leva – mas é a nossa). É uma espécie de encantamento que nos faz ir com ela. É tão leve a ir de um lugar de dentro a outro e tão pesada a parecer o que é em cada lugar. É uma ilusão constante, com aquele ar de menina bonita e frágil que não faz mal a ninguém, e nós ali, a olhar para ela e, num instante, é ela que nos tem. Como a Leonor, a Lourdes da história. Quase não fala, nem tem de falar. Tem um carisma que fala por ela, uma inquietação que passa para quem a vê, mesmo que ela esteja no cantinho do plano. Mais um bonito engano. E, por falar em beleza, César Mourão. (Este elogio tem o patrocínio de mais convites destes.) Faz tudo bem (aqui, fez a ideia e a produção), à excepção de escolher agremiações clubísticas. Desafiou-me a ir e desafiou-me a terminar o texto que eu iria escrever, este, com as próximas palavras sobre o primeiro episódio de Santiago. São estas, mas não são apenas sobre o que estava no ecrã. São, também, sobre ele. (Ainda bem que não é.): «Se é português? É, mas podia não ser.»
 
| SANTIAGO. Realização: @pedrovarelalx; Criação: @cesartmourao@diogovbrito e @ines.o.braga; Produção: @313features@blanchefilmes e @sicoficial; Argumento: @ines.o.braga@pedrompgoulao e @pedrovarelalx; Elenco: @luciamoniz@ivocanelas@_barbarabranco_ , @carla_maciel_strangles@leonor_vasconcelos e outros que são tantos que eu não os escrevo aqui que não há espaço – encontrem-nos na @opto.sic |

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sêco, a agente funerária

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O fim da morte, por quem vive dela. Quarto vídeo da Rua Saramago, com produção de Neide Simões e realização de Andreia Mateus.

Município de Leiria | Leiria Cultura | Semlimites Produções | Funerária Seco

Vídeo aqui.

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não sou de lugar nenhum

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Acho que escolhemos de onde somos pelo lugar onde gostaríamos de morrer. Eu não gostaria de morrer em lugar nenhum. Não sou de lugar nenhum. Nasci onde não estou. Morrerei no lugar onde não gostaria de morrer. Quando lá estou, no lugar onde nasci, sou de longe. Quando estou aqui, sou de longe também. Acho que sou sempre do lugar onde não estou. Nem é estar bem onde não estou ou querer ir aonde não vou. Não é isso. É não estar onde estou, é não ir para onde vou. O meu lugar é sempre lá, longe. Não longe de mim, longe daqui. E aqui é em todo o lugar. E eu sem lá estar.

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rosalina, a costureira

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Lá está a costureira, dona Rosalina.

Terceiro vídeo da Rua Saramago, com produção de Neide Simões e realização de Andreia Mateus.

Município de Leiria | Leiria Cultura | Semlimites Produções

Vídeo aqui.

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