fotografia de um cravo
A liberdade custa-me um bocadinho, dá-me opção, deixa-me escolher, e eu fico sempre sozinho na inquietação de não saber o que fazer. Escolhendo, acabo, inevitavelmente, por excluir. E não ir. Mas parece que é esse caminho excluído que eu começo a caminhar. Não vou, mas é como se tivesse ido. É ele que fica a carburar cá dentro, perguntando porquê, pensa outra vez, olha para mim, sou o que és. É quase sempre assim. Olho a possibilidade de escolher como uma obrigatoriedade de deixar morrer. É mais isto, e não tanto a liberdade como definição. De qualquer jeito, não desisto. Mesmo custando, vou lutando, sou revolução.