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na ilusão da posse

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Vivemos na ilusão da posse. Nunca nada é, foi ou será verdadeiramente nosso. Nem a boca, nem o abraço, nem a patinha. Mas vivemos na ilusão de que é, foi e será. A boca, o abraço, a patinha. E, quando perdemos o que julgamos ter, vem a desilusão. Vã desilusão. E gritamos, entristecemos, choramos. Não por algo que tenhamos perdido, mas por tomarmos noção de que esse algo nunca foi nosso. Nem a boca, nem o abraço, nem a patinha. Não é uma desilusão com ela, com ele ou com ele. É uma desilusão connosco, que caímos no engano da conjugação-ilusão do verbo ter. Queda sozinha. Sem boca, sem abraço, sem patinha.

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