avenida q
São espelhos. Do que somos e do que temos. Do que fomos e do que queremos. Do que sentimos e do que fingimos. Não são bonecos. São memórias. Fortes e felizes. Antigas e futuras. Fofinhas e repugnantes.
Não são bonecos. São gente. Com tomates e sonhos. Com mamas e alma. Com tripas e coração. Não são bonecos. São vida sem merdas nem paninhos quentes nem frios nem mornos. São vida sem merdas e sem paninhos. São infância nua e adolescência crua. São renda para pagar e sonhos para destruir. São paixões, poetas, canções, punhetas, gemidos, ofensas, grunhidos, crenças, realidade, humor e, acima de tudo, verdade e amor. Tudo em corpo e voz.
Não são bonecos. Somos nós.