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o medo

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O perigoso destes atentados não é a morte, é o medo. Todos morremos, mas nem todos temos medo (ou não deveríamos ter). A morte vem da explosão. Depois da explosão, depois da morte, vem o medo e, com o medo, as palavras. É o medo, com as palavras, a maior doença disto tudo. “Eu sou contra radicalismos, mas era mandar os árabes todos de volta para a sua terra”, “eu não sou violento, mas era matá-los todos”. Para além das feridas da morte, vêm as feridas do medo. As feridas da morte tratam-se sempre depois, com curativos, medicamentos e caixões. As feridas do medo tratam-se sempre antes, com educação e conhecimento. As feridas da morte vão desaparecendo. As feridas do medo nunca deixam de crescer. Não é a morte, é o medo.

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