origens
Hoje, fui às origens, ao alto da serra com cheiro a verde e a frio. Antes do almoço, a tasca do senhor Zé não tinha ninguém. Entrou o meu primo, entrei eu, entrou o João, a Beatriz e a Clara. Tantos e o senhor Zé e a sua mulher atrás do balcão. Minis e martinis. Ela fugiu mal viu a máquina fotográfica, ele ficou sem medo, embora a custo para se manter em pé. Conversas da terra e de quem éramos, de onde, netos de quem, do Álvaro, dissemos nós. O Álvaro… fomos a tantos bailes… disse ele. E contou, e ouvimos. E entrou mais gente que sorriu e ajudou a servir e a sorrir também. Tasca velha, com calendários da Nossa Senhora e da Super Bock, paredes de cimento e trabalho duro nas mãos. Fim de manhã nas origens no alto da serra, onde o meu avô falou pela voz amável e clarinha do senhor Zé.