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é mentira, mentira

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É assim que versa o refrão da música de um dos grandes da música portuguesa, Dino Meira. E é assim, também, que versa muita da massa noticiosa que navega por essas redes sociais. Massa noticiosa essa que bem nos tenta dar música. A uns consegue; a outros, bem pode continuar a tentar. Mas a verdade é que esses uns são cada vez mais e têm tanto poder na sociedade como os outros.

As fake news são, irónica e infelizmente, verdadeiras. Elas existem e propagam-se como doença por aqueles que não estão vacinados. Talvez se possam mesmo considerar como a grande epidemia do século XXI. Não provoca vítimas mortais como a peste negra ou como a sida, não enfraquece nem destrói o nosso sistema imunitário, não destrói os nossos órgãos, mas atinge aquilo que nos difere de todos os outros seres vivos neste lindo planeta: a razão. 

A Estratégia Digital da Desinformação

As fake news atacam-nos o cérebro com desinformação. É isso que fazem. Mas não é desde ontem que isto acontece. A divulgação de mentiras como verdades sempre aconteceu. No entanto, foi com o boom das redes sociais que elas se popularizaram, mais especificamente durante as eleições de 2016 que levariam Trump a ocupar o Trono de Ferro em 2017 (uma espécie de Joffrey dos tempos modernos – pedimos desculpa pela nerdice Game Of Thrones).

Durante esse período, foram divulgadas várias notícias falsas envolvendo, em muitos casos, opositores de Donald Trump, como Hillary Clinton. Várias empresas especializadas identificaram os seus autores, tendo mesmo acusado três agências russas – ah, o maravilhoso marketing político digital ao serviço do lado negro da força – aqui, pedimos desculpa pela nerdice Star Wars

Essas fake news eram divulgadas no Google e no Facebook, com links para diversos sites carregadinhos de mentiras e desinformação, não havendo escrutínio prévio de nenhuma destas empresas sobre estas notícias. Foi isso que tramou Zuckerberg – e que ainda está a tramar. A mãos com a Justiça, o puto que só queria arranjar uma forma de engatar miúdas da escola está agora a ser acusado de ter tido influência, não apenas na eleição de Trump, como também – e não menos grave – na filtração e na falta de protecção de dados de milhões de utilizadores. 

Facebook – O bom, o mau e o vilão

O Facebook é mais prejudicial do que útil? É esta a questão que o documentário “As Mentiras do Facebook” coloca. Esta é a rede social mais utilizada em todo mundo, ligando 2 mil milhões de pessoas. Mas será que esta união faz do mundo um melhor ou um pior lugar onde se viver?

“As Mentiras do Facebook” é um documentário que mostra o impacto que a rede social mais utilizada em todo o mundo tem na privacidade e na democracia a nível global.

Produzido com material inédito e entrevistas exclusivas a actuais e antigos funcionários a empresa, o documentário aborda as fake news, os discursos de ódio, o envolvimento em processos eleitorais, a filtração e a falta de protecção de dados de milhões de utilizadores. Este é um documentário que deveria ser obrigatório nas escolas.

Este é um documentário que – ele sim – deveria aparecer no feed de cada utilizador de Facebook. 

É verdade que, perante a gravidade dos factos, o Facebook comprometeu-se a cancelar contas e a bloquear o acesso publicitário aos sites com fake news. Mas isto de separar a verdade da mentira nunca foi fácil. E esta é uma tarefa que tem lugar num terreno simultaneamente paradisíaco e pantanoso: o mundo digital.

Aqui, os meios de comunicação tradicionais encontraram espaço para divulgarem a sua mensagem. O Marketing Digital ganhou (nova) vida e abriu-se uma caixa de Pandora. O problema é que esse espaço também foi encontrado pelos vilões, que também encontraram a caixa de Pandora aberta. Um Admirável Mundo Novo sem lei. E, não havendo lei, impõe-se a lei do mais forte. O mais forte é quem tem mais dinheiro. Simples e eficaz. E triste, também. Como o fado. E lá estamos nós a levar baile… “É mentira, mentira, é tudo uma mentira…” 

publicado no site da Bluesoft

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