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PRAIA DE SÃO PEDRO DE MOEL

“E tem sido assim uma vida”. As palavras são de Maria de Lurdes; a vida, sendo também a sua, é a de São Pedro de Moel. Aquela praça junto à praia não seria a mesma sem ela, que faz dela sua casa desde 1975. Na altura, trabalhava como contínua na Escola Primária da Pocariça durante a semana e, aos fins-de-semana e feriados, vinha a São Pedro vender tremoços, pevides, amendoins, pinhões, bolos e merendeiras. E foi vindo, e foi ficando, e hoje já ninguém lá vai sem passar por ela, sem pedir um euro de tremoços – dos mais rijinhos -, um bolinho bem cozido e um saco pequeno de pinhões, se faz favor. “Dois e trinta, três e trinta, quatro e trinta, aqui tem, obrigada, até amanhã”. Parece que foi ontem que chegou ali, sorri lembrando ao fazer as contas ao tempo que ali está. A conta dá 46 anos, mais uma mão-cheia de pevides para compor. Lembra os primeiros tempos, lembra as crianças que deixou na escola e que hoje a deixam emocionada por a visitarem já adultas. “Tenho muitas saudades das crianças”, quase chora. Mas agora não se vê noutro lugar. “Quero continuar aqui. Eu, sem São Pedro, acho que deliro”. São Pedro, sem ela, não seria.

[uma parceria com a Rede Cultura Leiria 2027]

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