ele que vai
Não sei o que é, mas diria cancro. Ou solidão, que me parece pior. Pode ser uma união de ambos, como o uísque e o cigarro que devora todos os dias à mesma hora naquele café. Os olhos estão sempre longe, nem sequer olham o que leva à boca. A boca tem a abertura exacta para a dimensão do ponta do cigarro e da ponta do copo. E a sua vida, não sabendo eu o que é, parece-me andar na ponta do fim. Sendo uma coisa ou outra, nunca deixa de parecer uma coisa e outra. Que lhe devoram a vida.