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vem cá

Comentários fechados em vem cá poesia

vem cá dar-me um bocadinho
daquilo que tens guardado
que eu não consigo sozinho
ter o que está desse lado

tens que ser tu a trazer
não custa nada, anda lá
que eu tenho esta mão a doer
e a outra também está

vem agora, mas devagar
para eu ver com atenção
o teu jeitinho ao chegar
perto do meu coração

mas não te chegues tão perto
que ele não lida tão bem
com o batimento incerto
que o teu coração tem

diz que perde a cadência
que fica tonto e perdido
ao sentir a iminência
de voltar a ser partido

por isso é melhor não vires
deixa guardado o que é teu
que o coração que partires
está sem guarda e é meu

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