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Somos um país muito lindo, com muito sol, muita praia, muito campo, muita gente simpática, muita comida boa e muitos turistas. E o nosso turismo não tem nada que ver com isto. Marketing turístico digital é uma coisa que não lhe assiste.

Navegação à vista

Houve tempos em que demos “novos mundos ao mundo”. Hoje, temos dificuldade em que esses novos mundos conheçam o nosso. Da navegação em mar alto, passámos para a navegação na web. E é precisamente aí que metemos água.

A navegação à vista designa-se por uma navegação de acordo com as circunstâncias, sem ciência. Pois bem, é precisamente isso que acontece. É verdade que temos muitos turistas, é verdade que estamos a crescer nessa área e é verdade que estamos fartos de receber prémios para todos os gostos e feitios. Mas também é verdade que a entidade responsável pelo turismo em Portugal não tem nenhum mérito nisso.

85% de toda a navegação web começa no Google. No entanto, as keywords mais relevantes para a promoção do nosso país não aparecem em nenhum activo digital nacional. Portugal, como destino, não aparece pelas principais pesquisas em nenhum país do mundo. Quer dizer, na verdade, aparece, mas com anúncios pagos, que apenas contribuem para uns míseros 6% de cliques. Isto significa que estamos a perder milhões de visitas, graças ao nosso fraco (quase inexistente) marketing turístico digital.

Publicidade para inglês ver: milhões de euros em adwords para promoção do Turismo em Portugal

Sim, são milhões de euros em publicidade imediata e não pensada, daquela para inglês ver. Sim, mas só aquele inglês que não tem Internet.

A nossa entidade responsável pelo turismo prefere os flyers às keywords, prefere o fogo-de-artifício ao SEO. Keywords como “things to do in Lisbon” não têm força no digital, não têm qualquer credibilidade orgânica. Isto significa que qualquer pessoa consegue colocar esta e muitas outras keywords na primeira página de resultados de pesquisa, para o mundo inteiro, apenas por um artigo de opinião. E isto acontece porque essa tal entidade cujo nome não pode ser pronunciado não faz o trabalho que deveria fazer, não faz o mínimo esforço de marketing turístico digital nem elabora uma simples estratégia de posicionamento orgânico.

Os conteúdos são fracos e a arquitetura e o link building dos mesmos não existe. Há muito por melhorar e por trabalhar. A concorrência é forte, mas é possível. Temos é de meter mãos à obra, que é como quem diz, à web.

Marketing Turístico: o Triunfo da (falta de) Vontade (Política)

Ora, o Estado é muito bom a meter a mão. Também não é mau em obras, desde que essas obras sejam autoestradas e estádios. No que respeita a meter a mão na web é que a porca já torce o rabo. Não há vontade política. E, sendo o governo a mandar na tal entidade, bem, já sabemos o que acontece… Um mandato dura quatro anos, pouquíssimo tempo para quem quer ter resultados imediatos. Uma estratégia de marketing turístico digital tem o seu tempo de implementação e demora o seu tempo a atingir resultados. Investir em SEO será sempre investir a médio/longo prazo, o que não se apresenta como muito apetecível para quem quer resultados agora e apenas agora.

Na promoção turística do país, tal como nas áreas da Saúde e da Educação, seria benéfico um plano de continuidade multipartidário a longo prazo, coisa que ahahahah – desculpem o riso, mas isto é Portugal. Quando é que, alguma vez, fizemos alguma coisa estruturada com vista a um médio-longo prazo?

Não há coordenação, não há gente suficiente, não há formação técnica, não há vontade. Há tipos de calças bege e camisa azul que se encontram num rooftop a beber gin e a decidir que o Algarve deve chamar-se ALLgarve e que devemos ter vistos gold para chineses. É esta a política oficial dos nossos responsáveis (também) turísticos.

“Então, mas isto tem funcionado. Temos cada vez mais turistas, estamos sempre a ganhar prémios, toda a gente fala bem de nós lá fora”, diz o caro leitor. E diz muito bem, o caro leitor. Parabéns pela sua observação. Mas não é graças aos responsáveis de turismo do nosso país que isso acontece. A promoção de Portugal está nas mãos de bloggers e influencers amadores, que têm a capacidade de opinar e influenciar com grande alcance, ocupando as primeiras páginas do Google. E não podemos deixar o nosso marketing turístico digital exclusivamente nas mãos de amadores. Até porque não deve ser da sua responsabilidade.

Voo para Portugal: porta de embarque lowcost

O que nos tem safado, muitas vezes, são as companhias aéreas lowcost, que, através dos preços baixos dos bilhetes, fomentam o turismo para o nosso país. Obrigado, Ryanair! Obrigado, Easyjet! Obrigado, Transavia! Obrigado, Vueling! Obrigado, FlyBe! E obrigado aos empresários que investem no país a nível de infraestruturas e condições para bem receber. São eles que, sem terem de o fazer, dão boleia a quem manda nisto tudo. A solução está em criar uma estratégia de marketing digital bem feita, com SEO, keywords, analytics e por aí fora. Com critério e com alvos bem definidos. E, claro, com muito sol, muita praia, muito campo, muita gente simpática, muita comida boa e muitos turistas.

publicado na Bluesoft

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