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caralho
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ta, ma, sa

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Caralho ta foda, Caralhos ma fodam, Que sa foda. Quando estamos irritados, falamos mal, embora bem, português. Nunca dizemos Caralho te foda, Caralhos me fodam nem Que se foda. Dizer bem o se, o te e o me, nestes casos, seria desrespeitar a irritação que sentimos. E não é certo desrespeitar o que quer que seja. Falar mal, nestes casos, é falar bem. Está gramaticalmente errado? Que sa foda.

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foda-se caralho

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Nada supera um bom foda-se caralho. Nada. Nem um mero foda-se nem um solitário caralho. Foda-se caralho. Assim. Lado a lado, coladinhos, encostados, amarrados um ao outro. Sem apartheid linguístico.

Dois seres que são um. Duas palavras que são uma. Duas palavras que deveriam ser uma, fodasecaralho, e que se fodesse o hífen, porque não pode haver um milímetro que seja a separá-las, muito menos um tracinho que, fodasecaralho, é um tracinho. Acaba em inho, qual é a autoridade que tem para afastar esta dupla mais forte e mais densa e mais mais do que uma Romeu e Julieta ou uma Unha e Carne? Fodasecaralho.

Que se reinvente a sintaxe, a gramática, a semântica. Tudo. Fodasecaralho é siamês, é alma do povo português que não tem filtro na língua nem nos dentes. E, sem filtro, há mais verdade. Bonita ou feia, sem saudade nem penitência. Não é ignorância nem ausência de educação, é a importância de dizer as merdas com o coração.

Fodasecaralho é casal que enche a boca e os ouvidos. Só os que não o sentem ou não o dizem ou ouvem mal ou já estão fodidos

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do caralho

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O Jonas é um jogador do caralho. O Samaris é um jogador da piça. E nem sequer estou a discutir futebol, estou a discutir palavras. Neste caso, caralho e piça. São sinónimas, referem-se ambas ao mesmo, mas dizem coisas completamente diferentes. Aliás, na verdade, nem se aproximam do que querem dizer. E isso é bonito. É uma espécie de emancipação linguística.

Há o pénis e, do pénis, nasce o caralho e a piça e, do caralho e da piça, nasce o magnífico e o medíocre. Nascem as palavras e nascemos nós. Do caralho.

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