hello@domain.com +00 999 123 456

natal
Tag Archive

natal online, empresas offline

Comentários fechados em natal online, empresas offline bluesoft

É Natal por todo o lado. As ruas estão iluminadas com bolinhas e azevinhos, o Pai Natal multiplica-se pendurado nas varandas, a Mariah Carey canta nos carros e as redes sociais cheiram a musgo dos presépios. É uma época linda, onde toda a gente é generosa e se preocupa mais em praticar o bem do que em fazer um fatality a quem levou a última oled na Worten do Colombo.

All I want for Christmas is Christmas

Ainda não é Natal e já toda a gente está farta do Natal… desde Outubro. Costuma ser nessa altura que as marcas nos começam a envenenar com falinhas mansas de Natal. As boas marcas, claro. As más, ou as menos profissionais/atentas/organizadas, só começam a preparar o Natal… uma semaninha antes do Natal. E depois desatam a disparar campanhas de Facebook para toda a gente sem qualquer critério, a patrocinar posts no Instagram em cima da árvore em cima do joelho, a bombardear newsletters com promoções pensadas cinco minutos antes… e tudo tem de funcionar. Mas não funciona. Que espanto dos diabos! Quem diria que não iria funcionar?

Estratégia digital no sapatinho

Como já falámos várias vezes aqui, é essencial que haja uma estratégia de marketing digital bem planeada para que se atinjam os objetivos pré-estabelecidos e tudo corra da melhor forma possível. Não é acreditando nos Reis Magos que as coisas lá vão. É preciso seguir a Estrela-Guia – e essa estrela somos nós (ou os nossos ensinamentos, vá). Pedimos desculpa pela bazófia natalícia. E voltamos à história da publicidade paga vs. publicidade orgânica. Como é Natal – ou quase – partilhamos aqui o link para o artigo em que falamos desse já clássico duelo.

Há as empresas que trabalham bem – e atempadamente – e as empresas que trabalham mal – de ontem para hoje. No entanto, ambas trabalham e ambas se esforçam para atingir um determinado objectivo com vista a aproveitar este rodízio de prendas chamado Natal. Há que lhes dar esse crédito. Mas há aquelas empresas que, pura e simplesmente, não trabalham.

Podem não precisar do Natal para terem lucro, ok, mas não trabalham. E, não trabalhando, condicionam o trabalho das outras. E, condicionando, complicam.

Pois, isto agora mete-se o Natal, de maneiras que só lá para Fevereiro…” E eis que vem à tona um dos mais interessantes e paradoxais fenómenos da sociedade portuguesa actual: por um lado, anda tudo num rebuliço com compras até aos queixos, sem tempo para parar, pensar e, quem sabe, até, respirar. Por outro lado, muitas empresas param, estagnam, “fecham para obras”. Não respondem a emails, não atendem telefonemas, não publicam posts nas redes sociais nem artigos nos sites, não marcam reuniões, não fecham negócios, não abrem negócios, não nada. Cheirando a Natal, estas empresas colocam o cartãozinho VOLTO JÁ na janela e voltam só quando a Popota já tiver ido embora.

Renovação Digital: Ano novo, vida antiga

Terminado este período inebriante de bacalhau e meias, as empresas reabrem de espírito renovado e… com os mesmos vícios, com os mesmos erros e com as mesmas estratégias que não funcionaram antes e que não vão funcionar depois. Mas com pressa! Porque não vendemos nada no Natal, não trabalhámos nada no Natal e agora temos de compensar! E essa compensação – adivinhe, caro leitor – será feita em cima do joelho – adivinhou, não adivinhou? E nós, Bluesoft, cá estamos em cima destas empresas a ver se elas têm noção do que estão a fazer. Quer tenham, quer não, cá estamos nós para lhes iluminar o caminho.

O Natal é quando um homem quiser. O homem não pode é ficar nas palhinhas estendido, nas palhinhas deitado à espera que as prendas lhe caiam da chaminé.

publicado na Bluesoft

Continuar a Ler

no dia seguinte, morreu

Comentários fechados em no dia seguinte, morreu público p3

Na noite de Natal, ninguém sofre de frio nem de saudade. Na noite de Natal, ninguém sofre de fome nem de solidão. Na noite de Natal, ninguém sofre nem morre. Aqui jaz quem não faz falta no dia seguinte.

Aqui jaz um sem-abrigo. Não se lhe sabe o nome nem se lhe conhece família. Na noite de Natal, abriram-lhe os portões para uma refeição quente e uma noite tranquila. Apareceu na televisão. Agora, aparece no chão. O seu corpo será velado por ninguém porque os portões fecharam depois da ceia e as casas de cartão não dão audiência.

Aqui jaz um animal. Ou o que resta dele, no que resta da berma da estrada. Na noite de Natal, recebeu o quente de quem o queria para aquecer os pés e o ego. Apareceu no Facebook e no Instagram. Agora, aparece na caixa aberta da carrinha da junta de freguesia. Questão de saúde pública. O seu corpo será velado apenas se for feito scroll.

Aqui jaz uma velha. Morreu como viveu desde que lhe foi o marido. Sozinha. Na noite de Natal, abriu a porta para a companhia de voluntárias que lhe aqueceram a casa e a solidão. Apareceu no jornal. Agora, nem no café aparece. Não sai de casa desde esse dia porque ninguém lhe toca à campainha para saber, sequer, se ela está lá. O seu corpo será velado quando o cheiro chegar à casa dos vizinhos.

Continuar a Ler

natal

Comentários fechados em natal bloco de notas

Até me dói continuar a dizer isto em pleno século XXI, mas Jesus foi um tipo normal que nasceu de uma foda entre duas pessoas: José e Maria, vamos supor que era assim que se chamavam.

Não houve anjo Gabriel, não houve estrela-guia, não houve reis-magos, não houve nada. Só existiu vaca se acharem que a Maria fodeu com o anjo. Só existiu burro se acharem que o José acreditou na história da mulher. Mas deus blá blá blá e o anjo blá blá blá e jesus blá blá blá é o messias blá blá blá. Bem, se têm inteligência para ler o que acabei de escrever, também têm para pensar (raciocínio demasiado lógico que até chega a ser ridículo).

Boas festas com quem gostam. Comida, bebida, amor e essas merdas. O resto que se foda (e bem, que é como se deve foder, sem inexistências pelo meio).

Continuar a Ler