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saio à minha mãe

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Saio à minha mãe. Nas olheiras cavadas e na beirinha da tristeza quase permanente, no medo de que algo aconteça, na ansiedade e na vontade de abraçar. Saio à minha mãe naquele jeito preocupado de olhar. Também no aconchego, no apego ao sonho e ao vulgar. Também no medo de acabar, até o fim. Saio à minha mãe, e a minha mãe não sai de mim.

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