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Março, 2019
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4x3x3, 4x4x2 ou 5x0x5

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É como se não fosse preciso meio-campo. Só defesas e avançados. O Odysseas bate o pontapé de baliza, o João Félix domina a bola e mete-a lá dentro. Nem Gabriel nem Pizzi. Para quem gosta de um processo rendilhado, não é lá muito bonito de se ver. Para quem gosta de eficácia, é esta a solução. Para quem gosta de figuras de estilo, tem aqui uma boa metáfora com a forma como a inovação tecnológica tem vindo a transformar a sociedade, erradicando o papel de intermediário.

São vários os exemplos: Uber, Airbnb, Ebay, OLX, Amazon, Crowdfunding, entre muitos outros. Em todos estes casos, há uma ligação direta entre os defesas e os avançados, anulando o papel dos intermediários. Mas já lá vamos, que esta metáfora do jogo da bola não pode avançar sem, primeiro do que tudo, apresentarmos as equipas.

Tecnologia e o seu Impacto na Vida Social e Política

É absurdo pensar a nossa vida sem tecnologia. De manhã à noite, em todos os momentos do nosso dia, perante qualquer situação, a tecnologia está presente. Se falha, é um caos, o nosso cérebro dá o erro HTTP 404 página não encontrada e só desejamos um shutdown urgente.

E, existindo esse impacto tecnológico em nós, é óbvio que existe esse impacto também na nossa vida com os outros e, por consequência, na vida política – neste âmbito, veja-se os casos paradigmáticos de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Impacto das Redes Sociais na Sociedade

Do Twitter ao Facebook, do Whatsapp ao Instagram, do Linkedin ao Tinder, as redes sociais existem na nossa sociedade como órgãos vitais dessa mesma sociedade.

A influência das redes sociais na sociedade é mais do que óbvia. E pesada. Se, por um lado, elas nos permitem saber tudo sobre qualquer coisa ou pessoa, partilhar as nossas opiniões e ter influência real nas vidas dos outros, por outro, elas também nos colocam numa situação vulnerável, enfeitiçados por um conforto de scrolls e likes que nos cria a ilusão de pertença.

As Redes Sociais como meio de activismo

Hoje em dia, é muito fácil para qualquer pessoa sentir-se parte de uma causa no mundo digital. Basta estar nas redes sociais, partilhar ideias, usar hashtags e assinar petições.

Em 2010, as redes sociais assumiram um papel ativo bastante preponderante no Médio Oriente. Tudo começou no Facebook e no Twitter, com marcações de protestos, e rapidamente se expandiu para a realidade “extra-virtual”. Centenas de pessoas de vários países daquela zona do globo foram para as ruas protestar contra os respetivos governos e regimes políticos. Tudo foi divulgado nas redes sociais e tudo ficou conhecido como a Primavera Árabe, uma revolução que teve como principal impulso o ativismo nas redes sociais. Sem esse meio de comunicação, dificilmente as pessoas teriam tido acesso à informação. Sem esse meio de comunicação, as manifestações seriam residuais.

Com as devidas proporções, em Portugal, a mais recente manifestação de protesto teve os enfermeiros como personagens principais. O elemento que diferencia esta de todas as outras greves feitas cá é a forma de financiamento.

Mergulho no Crowfunding

E que forma é essa? Bem, está no título, não faz sentido termos feito a pergunta. Crowdfunding é a resposta.

O Crowdfunding é uma forma de angariação de fundos online em que, quem quiser, doa dinheiro para uma causa ou projeto. Esta é uma forma eficaz de financiar o início de um novo negócio.

Essencialmente, existem quatro formas de angariação de fundos:

  1. Financiamento colaborativo – quem financia recebe um donativo;
  2. Recompensa – em contrapartida pelo financiamento presta serviço ou produto;
  3. Capital – a entidade financiadora obtém uma participação no capital social, distribuição de dividendos ou partilha de lucros;
  4. Empréstimo – a entidade financiada paga juros relativos ao financiamento.

Em Portugal, o PPL (people) é a plataforma de Crowdfunding de referência, com especial foco em projectos sociais, criativos e empreendedores.

Greve Cirúrgica

Esta greve dos enfermeiros ficou conhecida como Greve Cirúrgica. A recolha de fundos tinha como objectivo parar os blocos operatórios do Centro Hospitalar de São João, no Porto, de Coimbra e do Santa Maria, em Lisboa. O objectivo estava nos 300 mil euros. Foram angariados 360 mil. Como se achou pouquinho, foi criado outro Crowdfunding com o objectivo de angariar 400 mil euros. Foram angariados 424 mil.

Mais de 25 mil pessoas contribuíram para as duas campanhas de Crowdfunding e, no total, foram angariados mais de 784 mil euros. Há especialistas que alertam para a possibilidade de ilícito da atividade sindical. Até haver um veredito final, há que realçar o impacto destas iniciativas.

Comércio Tradicional VS Comércio Electrónico

Quando falamos de comércio, lembramo-nos, quase que instantaneamente, de um estabelecimento físico, antigo e com um senhor de bigode atrás do balcão. No entanto, com o avanço da tecnologia, surgiu o comércio eletrónico, uma loja onde os produtos já não estão à mão de semear do cliente.

Este tipo de comércio – comércio electrónico – pode ser definido como um conjunto de actividades comerciais que ocorrem online envolvendo um processo de compra e venda pela Internet.

E-commerce | O Evaristo tem cá disto

O e-commerce é um conceito que se refere a qualquer negócio ou transacção comercial que implique transferência de informação através da Internet. Quando devidamente implementado, o e-commerce é bem mais rápido, bem mais barato e bem mais conveniente do que os métodos tradicionais.

Marketplace | O Evaristo tem cá disto… e daquilo

Melhor, só mesmo o marketplace, que nos encaminha para um conceito mais colectivo de vendas online. Nesta plataforma, diferentes lojas podem anunciar os seus produtos, dando ao cliente um variado leque de opções.

Para os clientes, o marketplace é vantajoso porque apresenta mais praticidade. Aqui, ele pode ver, num só site, ofertas de vários vendedores, podendo comparar e escolher o melhor produto de forma mais fácil. Além disso, pode comprar vários produtos de várias lojas diferentes e efetuar apenas um pagamento, em vez de passar por múltiplos processos de pagamento em vários sites.

No caso de um online marketplace, o cliente vai ao site da Loja X e escolhe o produto que está a ser vendido e enviado pela Loja Y. Já no caso do e-commerce, o cliente vai ao site da Loja X e escolhe o produto que está a ser vendido e enviado pela própria Loja X. É esta a grande diferença.

Plataforma de E-commerce | O Ringue do novo Comércio

Mas não há razões para diabolizar o e-commerce. Pelo contrário. Os exemplos que iremos dar operam, essencialmente, no plano digital, através de apps e/ou sites, sem recurso a lojas físicas:

  1. No caso da Uber e das outras plataformas semelhantes, os motoristas e os clientes dispensam os intermediários (os antigos donos das frotas de táxis);
  2. O Airbnb é semelhante, na medida em que eu posso arrendar directamente o meu espaço ao meu cliente sem a necessidade de qualquer intermediário das Remaxes desta vida;
  3. O mesmo acontece com a Amazon, como Ebay ou como OLX, onde os intermediários são perfeitamente dispensáveis. Quem tem o produto, coloca-o à venda; quem quer o produto, compra-o. Não existem os tradicionais donos das lojas que cobram um valor para intermediar o negócio;
  4. O recurso ao Crowdfunding, no caso da greve inorgânica dos enfermeiros portugueses, deixou para segundo (ou até mesmo e terceiro) plano organizações tradicionais como os sindicatos.

Como criar uma Loja Online

Se tem um produto e se quer vender esse produto, ganhando algum dinheiro e, quem sabe, enriquecer até ser um multimilionário de charuto na mão e Ferrari nos pés, aponte: para começar um negócio online, assegure-se de que o seu produto é de nicho e que os consumidores têm dificuldade em encontrá-lo nos grandes centros comerciais.

5,3 milhões de portugueses estão online, 78% dos utilizadores de Internet já fizeram compras online e 11% de todas as compras são feitas através de comércio electrónico.

Voltemos à metáfora inicial. Talvez tenhamos exagerado nisto de jogar sem meio-campo, até porque, neste caso, nós fomos o Pizzi ou o Gabriel do seu futuro golo. Fomos nós que recebemos a bola, que a acarinhámos e que a entregámos de bandeja a vossa excelência ponta de lança de alta qualidade que só tem de a encostar lá para dentro. É goooooolo!

publicado na Bluesoft

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welcome to the freak show

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Claro que o Conan Osíris ganhou o Festival da Canção. Não é surpresa nenhuma. E até é bem provável que ganhe o Festival da Eurovisão. Não me admirava nada. Não é a música que ganha neste festival. Nunca é. É a diferença.

No ano passado, ganhou a gorda israelita japonesa das galinhas. Como era a música? Pois, também não me lembro. Há dois anos, ganhou o Salvador. A música era, de facto, música. E lembramo-nos dela. Mas foi a diferença que ganhou. Um puto sozinho em palco com voz, sem dança nem explosões. Diferente de tudo o resto. Felizmente, coincidiu com uma música que era, de facto, música.

Já venceu um grupo de selvagens que vieram além da muralha para cantar heavy metal, Lordi, e um homem que é mulher que tem barba e vestido de gala, Conchita Wurst. Como eram as músicas? Ninguém se lembra, não interessa. A Irlanda já concorreu com um peru, a Itália com um macaco e a Ucrânia com uma espécie de hamster. As músicas eram todas maravilhosas, não eram? Pois. A Polónia já levou um saltitante grupo de mamas a baterem manteiga em palco, sim, um saltitante grupo de mamas a baterem manteiga em palco (vale a pena pesquisar) e a Moldávia já levou gnomos do Boom Festival. Que músicas lindas, não eram? Exacto. A Áustria já deitou fogo a um piano e a Ucrânia já enrolou um Boy George em papel de alumínio. E a música? Ahn-ahn. A Letónia já optou por piratas, o Montenegro por astronautas e a Rússia por velhinhas de um rancho lá do INATEL Estaline. Músicas lindas, lindas, lindas… A Bielorrússia já pôs um loiro nu a uivar com um lobo e até nós levámos o Jel e o Falâncio sendo Jel e sendo Falâncio. Pois.

Não é surpresa nenhuma o Conan Osíris ter vencido o Festival da Canção e estar nos favoritos a vencer a Eurovisão. Não é música e é diferente. Está ganho.

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