hello@domain.com +00 999 123 456

palavra bonita dita pela boca

Comentários fechados em palavra bonita dita pela boca bloco de notas

António Costa, rejeitando qualquer conversa com o CHEGA, está a rejeitar qualquer conversa com 385.559 pessoas. Para ele, por pensarem diferente, estas pessoas não existem. Ele não diz que elas têm ideias diferentes – isso ele diz sobre todas as outras que votaram noutros partidos ou que não votaram, de todo. O que ele diz é que esta gente que votou neste não existe. É vazio. É nada. Ele nem considera a hipótese de tentar perceber as razões para esta gente ter as ideias que tem – ou, não as tendo, ter votado em quem votou. Ele, simplesmente, olha para o lado e finge, dizendo, que esta gente não existe. É ele que diz ser o primeiro-ministro de todos os portugueses. É ele que tem o dever de o ser – mesmo daqueles que têm ideias diferentes, por muito abjectas que possam parecer ou ser. António Costa, rejeitando qualquer conversa com o CHEGA, está a rejeitar aquilo que diz defender: a democracia, a igualdade, a liberdade – nada disto pode ser apenas palavra bonita dita pela boca de qualquer um. Tudo isto deve ser dito por inteiro, com toda a definição que tem. Catalogar parte do seu povo como inexistência é catalogar-se como isento de pensamento, de tolerância e de humanidade. Rejeitar quem é como nós – porque somos todos iguais, ou não somos? – é rejeitar-se a si próprio. É assumir uma única inexistência, a sua.

Comentários fechados.