é o improviso a acontecer
Lembro-me de ser pequenino e de ter, pequenino, vontade de ser maior, de ter, fazer, olhar, criar amor – qualquer coisa que fizesse os outros felizes por instantes que, nisto da felicidade, os deslizes são constantes e o imprevisto tanto anima como entristece. E eu, desde pequenino, improvisava, e procurava ser acima para ajudar, estar do lado deste não-estado para estar. Sempre tentei ver de fora para ver, atento e espantado com o tempo passado a correr. Ajudando. E acho que tenho ajudado, mas a verdade é que fica tarde e eu vou estando posto de lado. De fora, consigo ver, mas é de dentro que preciso ser, maior. É o improviso a acontecer, amor.