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voltar ao que ainda tenho

Comentários fechados em voltar ao que ainda tenho ansiedade meu amor, bloco de notas

Voltar a Lisboa, mesmo que por brevidades, é voltar ao que ainda tenho escondido debaixo do tapete das vontades. É dar de caras com fantasmas que ainda existem, dormindo, e, devagarinho, dizer-lhes acordem, acordem, vamos brincar àquele jogo do chorando e rindo, combater memórias como se fosse dança, ir ao chão como nas histórias sem vitórias, sem vingança. Criança que me sinto neste parque infantil do terror, do medo, da culpa, do amor e do ciúme. De tudo o que há de certo e de errado, que este aperto é como lume, e eu queimado. Voltar a Lisboa é ir por um caminho sujo com destino à luz clarinha, ao céu, ao rio quase mar. Mas ainda volto devagarinho, que esta dor ainda é minha, e ainda me custa voltar.

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